quinta-feira, 1 de maio de 2008

De volta porque é hora...

Demorei para voltar,mas podem ter certeza que não foi por vontade minha.Culpa do processo.Um processo longo,profundo e até mesmo dolorido de formação,do que aqui é o principal foco,a opinião.
Baseado em todas as experiências que eu tenho tido,com o movimento estudantil,com o meu curso(Serviço Social) e com a vida em geral,as dúvidas acabam me parando.Me pergunto o que vale a pena de verdade...
Se a gente se doar,se interessar de verdade pela realidade do outro ,não se calar ou concordar com as atrocidades valem algo mais do que simples rótulos...
Mas...o bom da vida é que não estamos nessa sozinhos.Existem pessoas que estão nela,não por acaso,mas pelo simples fato de que precisaríamos delas mesmo pra enfrentar essa jornada.
E num dia em que todas essa dúvidas me sobrevieram de uma vez só,lá estava um post do meu blog favorito,pra me levantar e me fazer ver que como já dizia o poeta "Tudo vale a pena se a alma não é pequena"...
Hoje ouvi,que como ninguém é perfeito o meu defeito seria essa "mania socialista"...e através de vc primo,no post DESABAFO,esse sim é uma qualidade,de quem teve forças pra sair da comodidade de uma tosca educação.
E aqui está... o post que talvez me tenha salvo a vida!rsrs...


Esse é um problema cultural diretamente relacionado à educação. O brasileiro sempre se viu na corda bamba, sempre se viu obrigado a achar o jeitinho brasileiro. E o que é o jeitinho brasileiro? Teoricamente, uma forma desrespeitosa de buscarmos um modo de sobreviver e ultrapassar as dificuldades, infringindo leis e trapaceando. O brasileiro, de romântico, não tem quase nada, mas de cínico, praticamente tudo. A convenção de que devemos driblar as regras para sobreviver é tão grande e cara de pau, que qualquer sinal de sentimentalismo, romantico ou não, nacionalista ou não, que possa nos fazer pensar no próximo ou no coletivo, parece vergonhoso. O pobre se ver no direito de trapacear com seu jeitinho brasileiro. O rico se ver igualmente no direito de, às escondidas, infrigir leis. Por que seria diferente se a educação cultural no fim é praticamente a mesma? Ninguém é vilão... somos todos mal acostumados. Mal acostumados a morrer de fome enquanto buscamos uma forma justa de sobreviver. Sem romantismo, isso é impossível. Mal acostumados a pensar no próximo enquanto queremos acumular fortuna ou sentí-la mais sólida quando nossas inseguranças e neuroses sempre dizem que o que temos não é o suficiente ou quando somos seduzidos cada dia mais pelo "ter" e pela publicidade.Quem é o vilão? O congresso, com seus exemplares de pessoas egoístas ou de mazelas brasileiras potencializadas pelo poder? Seria o pobre, que fura a fila do SUS ou burlar algum sistema pra sobreviver sem ao menos lembrar do outro pobre que ficou pra trás? Como brasileiros, somos todos egoístas. Mas você me pergunta: "Por que pensar no outro se, caso a situação fosse inversa, o outro não pensaria em mim?". Esse é o cúmulo de uma mizerável convenção.Nosso tão estimado calor humano e abraço, em certos momentos, não passam de superficialidades. Nossa proximidade uns dos outros e facilidade de relacionar-se, à vezes, revela o elo fraco que temos entre nós, e quando caímos no mais puro individualismo, isso fica mais que comprovado. Poucos são os brasileiros que pensam em outros brasileiros, e esses, são românticos, idealistas e quase extintos. Se no mundo o homem passa por um processo de individualisação, no Brasil, então já somos individualistas, mas da forma tipicamente brasileira, ou seja, fingindo sermos próximos, achegados, caridosos e carinhosos. Pessimismo? Não. O que acontece no "circo dos horrores", o Congresso, é a maior prova da desventura do brasileiro enquanto cidadão, e esse é o reflexo ou a maior divulgação de nosso comportamentos.Da mesma forma que o brasileiro baixinho e jogador de futebol se viu obrigado a desenvolver dribles mirabolantes para ultrapassar os altos jogadores europeus, fomos também educados pela nossa própria história a ser assim, "dribleiros", infratores de nossas próprias leis e, consequentemente, problemáticos com nossa baixa auto-estima, que está direta ou indiretamente ligada com as nossas atitudes, ou talvez seja resultado de um pouco de culpa que sentimos pelos nossos atos. A verdade é que, de modo geral, só a educação para nos salvar, não só o Brasil, mas o mundo que anda invertido em seus valores. Só a educação para nos tornar conscientes de nossas próprias mazelas, e para o Brasil falta muito. Muito além do consciente e inconsciente do brasileiro, a educação deve mudar o inconsciente coletivo, em um processo a longuíssimo prazo. Pena que não começamos ainda!
BY rAFAEL cARVALHEDO

2 comentários:

Rafael Carvalhêdo disse...

Prima, valeu! Valeu mesmo! É bom saber que de alguma forma a gente motiva alguém.
E acredito que já tá mais que na hora de botar esse blog pra frente. Tu tem muito a falar, um mundo a comentar. Sinta-se livre.
Tenho certeza que vai fazer muito sucesso, travar muitas discussões e fazer diversos amigos aqui na internet.
Bola pra frente! Fale, fale e fale. As pessoas te ouvirão.

Bjão, Prima!

Rafael Carvalhêdo disse...

Prima, sei que esse teu blog tá só teia de aranha (rsrsrs), mas deixei uma brincadeirinha lá no meu blog pra tu. Quem sabe ela te ajuda a voltar a escrever nessa casa abandonada! rsrsrsrs

Bjs!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

De volta porque é hora...

Demorei para voltar,mas podem ter certeza que não foi por vontade minha.Culpa do processo.Um processo longo,profundo e até mesmo dolorido de formação,do que aqui é o principal foco,a opinião.
Baseado em todas as experiências que eu tenho tido,com o movimento estudantil,com o meu curso(Serviço Social) e com a vida em geral,as dúvidas acabam me parando.Me pergunto o que vale a pena de verdade...
Se a gente se doar,se interessar de verdade pela realidade do outro ,não se calar ou concordar com as atrocidades valem algo mais do que simples rótulos...
Mas...o bom da vida é que não estamos nessa sozinhos.Existem pessoas que estão nela,não por acaso,mas pelo simples fato de que precisaríamos delas mesmo pra enfrentar essa jornada.
E num dia em que todas essa dúvidas me sobrevieram de uma vez só,lá estava um post do meu blog favorito,pra me levantar e me fazer ver que como já dizia o poeta "Tudo vale a pena se a alma não é pequena"...
Hoje ouvi,que como ninguém é perfeito o meu defeito seria essa "mania socialista"...e através de vc primo,no post DESABAFO,esse sim é uma qualidade,de quem teve forças pra sair da comodidade de uma tosca educação.
E aqui está... o post que talvez me tenha salvo a vida!rsrs...


Esse é um problema cultural diretamente relacionado à educação. O brasileiro sempre se viu na corda bamba, sempre se viu obrigado a achar o jeitinho brasileiro. E o que é o jeitinho brasileiro? Teoricamente, uma forma desrespeitosa de buscarmos um modo de sobreviver e ultrapassar as dificuldades, infringindo leis e trapaceando. O brasileiro, de romântico, não tem quase nada, mas de cínico, praticamente tudo. A convenção de que devemos driblar as regras para sobreviver é tão grande e cara de pau, que qualquer sinal de sentimentalismo, romantico ou não, nacionalista ou não, que possa nos fazer pensar no próximo ou no coletivo, parece vergonhoso. O pobre se ver no direito de trapacear com seu jeitinho brasileiro. O rico se ver igualmente no direito de, às escondidas, infrigir leis. Por que seria diferente se a educação cultural no fim é praticamente a mesma? Ninguém é vilão... somos todos mal acostumados. Mal acostumados a morrer de fome enquanto buscamos uma forma justa de sobreviver. Sem romantismo, isso é impossível. Mal acostumados a pensar no próximo enquanto queremos acumular fortuna ou sentí-la mais sólida quando nossas inseguranças e neuroses sempre dizem que o que temos não é o suficiente ou quando somos seduzidos cada dia mais pelo "ter" e pela publicidade.Quem é o vilão? O congresso, com seus exemplares de pessoas egoístas ou de mazelas brasileiras potencializadas pelo poder? Seria o pobre, que fura a fila do SUS ou burlar algum sistema pra sobreviver sem ao menos lembrar do outro pobre que ficou pra trás? Como brasileiros, somos todos egoístas. Mas você me pergunta: "Por que pensar no outro se, caso a situação fosse inversa, o outro não pensaria em mim?". Esse é o cúmulo de uma mizerável convenção.Nosso tão estimado calor humano e abraço, em certos momentos, não passam de superficialidades. Nossa proximidade uns dos outros e facilidade de relacionar-se, à vezes, revela o elo fraco que temos entre nós, e quando caímos no mais puro individualismo, isso fica mais que comprovado. Poucos são os brasileiros que pensam em outros brasileiros, e esses, são românticos, idealistas e quase extintos. Se no mundo o homem passa por um processo de individualisação, no Brasil, então já somos individualistas, mas da forma tipicamente brasileira, ou seja, fingindo sermos próximos, achegados, caridosos e carinhosos. Pessimismo? Não. O que acontece no "circo dos horrores", o Congresso, é a maior prova da desventura do brasileiro enquanto cidadão, e esse é o reflexo ou a maior divulgação de nosso comportamentos.Da mesma forma que o brasileiro baixinho e jogador de futebol se viu obrigado a desenvolver dribles mirabolantes para ultrapassar os altos jogadores europeus, fomos também educados pela nossa própria história a ser assim, "dribleiros", infratores de nossas próprias leis e, consequentemente, problemáticos com nossa baixa auto-estima, que está direta ou indiretamente ligada com as nossas atitudes, ou talvez seja resultado de um pouco de culpa que sentimos pelos nossos atos. A verdade é que, de modo geral, só a educação para nos salvar, não só o Brasil, mas o mundo que anda invertido em seus valores. Só a educação para nos tornar conscientes de nossas próprias mazelas, e para o Brasil falta muito. Muito além do consciente e inconsciente do brasileiro, a educação deve mudar o inconsciente coletivo, em um processo a longuíssimo prazo. Pena que não começamos ainda!
BY rAFAEL cARVALHEDO

2 comentários:

Rafael Carvalhêdo disse...

Prima, valeu! Valeu mesmo! É bom saber que de alguma forma a gente motiva alguém.
E acredito que já tá mais que na hora de botar esse blog pra frente. Tu tem muito a falar, um mundo a comentar. Sinta-se livre.
Tenho certeza que vai fazer muito sucesso, travar muitas discussões e fazer diversos amigos aqui na internet.
Bola pra frente! Fale, fale e fale. As pessoas te ouvirão.

Bjão, Prima!

Rafael Carvalhêdo disse...

Prima, sei que esse teu blog tá só teia de aranha (rsrsrs), mas deixei uma brincadeirinha lá no meu blog pra tu. Quem sabe ela te ajuda a voltar a escrever nessa casa abandonada! rsrsrsrs

Bjs!

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